CARACTERÍSTICAS DAS MADEIRAS
Cor
A variação da cor natural da madeira é devida à impregnação de diversas
substâncias nas células e nas paredes celulares. A cor altera-se com o teor de
umidade, normalmente escurecendo quando exposta ao ar, quando exposta ao
sol, quando em contato com determinados metais ou quando atacada por certos
fungos e bactérias.
A cor das madeiras pode ser modificada artificialmente por meio de tinturas
Cheiro
O odor típico que algumas madeiras apresentam deve-se à presença de
certas substâncias voláteis que se concentram principalmente no cerne.
Gosto
O gosto se origina das mesmas substâncias que dão cheiro às madeiras.
Grã
O termo grã refere-se à orientação dos elementos verticais constituintes do
lenho em relação ao eixo da árvore. Em decorrência do processo de crescimento,
sob as mais diversas influências, há uma grande variação natural do arranjo e
direção dos tecidos axiais, originando vários tipos grãs:
Grã direita:
Apresenta tecidos axiais orientados paralelamente ao eixo principal
do tronco ou da peça de madeira. Tem alta resistência mecânica, fácil
desdobro e processamento, e não provoca deformações quando é feita a
secagem da madeira.
Grã irregulares:
Madeiras cujos elementos axiais apresentam variações de inclinação
quanto ao eixo longitudinal do tronco ou peças de madeira. As grãs podem
ser formadas:
Espiral ou torcida
Entrecruzada ou orientada em diversas direções
Ondulada ou crespa
Inclinada ou de desvio angular
Textura
É o efeito produzido na madeira pelas dimensões, distribuição e
percentagem dos diversos elementos estruturais constituintes do lenho no seu
conjunto.
Brilho
A face longitudinal radial é sempre mais reluzente pelo efeito das faixas
horizontais dos raios.
Desenho
É o termo usado para descrever a aparência natural das faces da
madeira que resulta das várias características macroscópicas: cerne, alburno,
cor, grã, anéis de crescimento e raios.
Preservação da madeira
A madeira pode ser deteriorada por agentes biológicos, por reações
químicas e muitos outros agentes.
No decorrer de milhões de anos de evolução, a natureza selecionou
organismos que obtêm alimento direta ou indiretamente da madeira. Entre eles, se
incluem bactérias, fungos, insetos, moluscos e crustáceos, que decompõem a
madeira para utilizar os seus constituintes como fonte de energia.
Os agentes físicos e químicos atuam em conjunto com os biológicos na
madeira, acelerando o processo de deterioração. Destes agentes, os biológicos
são os de maior importância, sendo os fungos os responsáveis pela maior
proporção de danos causados à madeira.
Fatores que afetam a preservação de madeiras
Preservar uma madeira é, em primeira análise, proporcionar o aumento da
sua resistência frente aos organismos deterioradores, através de aplicação de
preservantes químicos. A seleção e a aplicação adequada de um produto
preservante é fundamental para conferir um aumento na durabilidade natural da
madeira.
Existem vários agentes biológicos responsáveis pela degradação da
madeira, entre eles microrganismos, insetos e xilófagos marinhos.
Um produto químico para ser utilizado como preservativo de madeira tem
de satisfazer alguns requisitos:
a) Eficiência: deve apresentar-se tóxico à gama mais ampla possível de
organismos xilófagos. Deve ainda, para ser eficiente, permitir penetração profunda
e uniforme na madeira.
b) Segurança: deve apresentar toxidez baixa em relação a seres humanos
e animais domésticos, além de não aumentar as características de
combustibilidade inerentes à madeira.
c) Permanência ou resistência à lixiviação: deve ser insolúvel em água ou
formar complexos insolúveis por meio de reação química com os componentes da
parede celular da madeira.
d) Custo: a madeira tem que apresentar competitividade com outros
materiais, dessa formas os preservativos devem ser eficientes e de baixo custo.
Deterioração da madeira
A deterioração da madeira pode ocorrer devido à ação de agentes físicos,
químicos e biológicos. A madeira exposta ao tempo sofre deterioração
fotoquímica, por exemplo, promovida pela radiação ultravioleta que atua
principalmente sobre a lignina, causando alterações significativas na coloração da
madeira e na estrutura celulósica que vai sendo destruída em camadas que são
levadas pela água da chuva.
Apesar de ser inerte à ação de muitos produtos químicos, pode sofrer a
ação destruidora de poluentes ao longo do tempo ou por ações diretas de
produtos ácidos, por exemplo. Contudo, são os agentes biológicos, chamados de
biodeterioradores, os merecedores de maior atenção, uma vez que têm sido os
causadores dos maiores prejuízos à utilização da madeira. Os organismos que
atacam a madeira, com uma conseqüente degradação de sua qualidade são:
Mofos: tanto o mofo como algumas outras classes de microorganismos
não afetam a resistência da madeira já que se alimentam dos conteúdos
das cavidades celulares, e não das paredes das células.
Manchas: podem ser ocasionadas por fungos cromógenos, tendo efeitos
adversos sobre a madeira. Também podem ser originadas por
mudanças químicas, devido aos distintos materiais que se infiltram nas
cavidades celulares, mas não afetam as características da madeira. As
manchas têm uma penetração tal que não podem ser retiradas da
superfície.
Fungos destruidores: o grupo de organismos que muda as propriedades
físicas e químicas das paredes das células ou das cavidades celulares,
e que afetam seriamente a resistência da madeira, recebem o nome de
fungos de fungos xilófagos. Estes fungos são os que produzem a
decomposição da madeira.
Insetos xilófagos: muitos insetos usam árvores como alimento,
habitação, etc., transformando a madeira em verdadeiros labirintos
ocultos.
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